
Cuidados com a Saúde Urológica na Terceira Idade
Com as mulheres vivendo sete anos a mais, este artigo destaca a importância de cuidados específicos para prevenir doenças urológicas e andrológicas na terceira idade.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil é de 75,5 anos, com as mulheres vivendo, em média, sete anos a mais do que os homens. Essa tendência indica um prolongamento significativo da idade adulta. Consequentemente, o avanço da idade frequentemente traz consigo um aumento da incidência de doenças que afetam o corpo humano, especialmente entre os idosos.
Hiperplasia prostática benigna
Câncer de próstata
Nota: O conteúdo apresentado possui estritamente caráter informativo e não deve ser empregado como meio de conduzir autodiagnostico, auto tratamento ou automedicação. Em caso de dúvida, recomendamos que busque orientação de um médico especializado.
A terceira idade é frequentemente um período desafiador para a saúde dos idosos, no entanto, isso não precisa ser uma inevitabilidade, desde que sejam adotadas medidas fundamentais de cuidado e vigilância da saúde.
No contexto das doenças urológicas e andrológicas, que abrangem o sistema reprodutor masculino e o sistema urinário de ambos os sexos, é importante reconhecer que algumas doenças podem ser agravadas ou desencadeadas por outras durante a terceira idade.
Por exemplo, condições como insuficiência cardíaca e diabetes podem contribuir para o surgimento de incontinência urinária, conforme veremos a seguir.
Em geral, as doenças mais comuns durante a terceira idade incluem:
● Hiperplasia prostática benigna
● Câncer de próstata
● Infecções urinárias
● Insuficiência renal
A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), também conhecida como aumento da próstata, é uma condição comum que pode afetar homens a partir dos 40 anos, tornando-se mais prevalente com o avanço da idade.
Embora seja frequente entre os homens, o aumento da próstata nem sempre está associado a tumores malignos. Esse crescimento benigno pode resultar em problemas urinários, tais como aumento da frequência urinária durante o dia e/ou à noite, dificuldade em adiar a micção, enfraquecimento e/ou intermitência do jato urinário, gotejamento ao final da micção e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, entre outros.
O tratamento da HPB varia de acordo com os sintomas apresentados e as complicações associadas ao trato urinário. Em casos assintomáticos, o tratamento inicial pode não ser necessário. No entanto, para aqueles com sintomas significativos, podem ser recomendados medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. Por isso, na dúvida, sempre a recomendação é o acompanhamento com médico urologista para tratamento adequado.
O câncer de próstata requer atenção não apenas em idosos, mas também em homens já a partir dos 50 anos. A prevenção dessa doença possui duas vias principais: a realização de exames periódicos e a adoção de um estilo de vida saudável.
Os exames de rotina desempenham um papel fundamental no diagnóstico precoce da doença, especialmente em pessoas que apresentam fatores de risco com maior probabilidade de desenvolver câncer, como:
Homens com 50 anos ou mais
Homens com histórico familiar da doença, a partir dos 45 anos
Homens negros, a partir dos 45 anos
O exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) é crucial para a detecção precoce do câncer de próstata. Ele consiste na coleta de uma amostra de sangue para medir os níveis da proteína PSA. Além do PSA, o exame de toque retal, onde o médico urologista avalia o tamanho, a textura e a presença de qualquer irregularidade na glândula prostática.
Infecções urinárias
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, os processos infecciosos, particularmente as infecções do trato urinário (ITU), têm uma incidência progressivamente maior em idosos devido à presença de múltiplos fatores de risco.
Este aumento é favorecido pela deficiência imunológica relacionada à idade, as alterações funcionais e orgânicas do trato geniturinário, a imobilidade e a presença de doenças sistêmicas.
As infecções urinárias podem ter origem bacteriana ou fúngica, e podem estar associadas às dificuldades naturais dessa faixa etária, como, por exemplo, o uso de fraldas geriátricas, que facilitam a proliferação de bactérias.
É fundamental que as infecções urinárias em idosos sejam monitoradas e além disso, implementadas medidas de prevenção, tais como:
Evitar períodos prolongados sem a troca de fraldas;
Realizar a higienização da região perianal após as evacuações;
Manter uma ingestão adequada de líquidos;
Evitar o uso indiscriminado de antibióticos sem prescrição médica;
Não reter a urina e urinar sempre que tiver vontade;
Manter uma higiene pessoal em dia;
Controlar adequadamente doenças como diabetes.